terça-feira, 7 de maio de 2013

Você já ouviu falar na Síndrome de Burnout?



        A Síndrome de Burbout, ou síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio psíquico descrito pelo médico americano Freudenberger. Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônico provocados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes.

            Podemos dividir o quadro da síndrome de burnout em quatro fases:

1ª Fase: Falta de vontade, de ânimo ou prazer de ir trabalhar. Dores nas costas, pescoço e coluna.  Diante da pergunta: “O que você tem?” a resposta geralmente é “não sei, não me sinto bem”.
2ª Fase: O relacionamento com os outros começa a se desgastar. Pode haver uma sensação de perseguição (‘estão todos contra mim’),aumenta o absenteísmo e a rotatividade de empregos.
3ª Fase: Diminuição notável da capacidade ocupacional. Podem começar a surgir doenças psicossomáticas, tais como alergias, psoríase, picos de hipertensão, etc. É nesse momento que começa a automedicação, que no princípio tem efeito placebo, mas, logo em seguida, requer doses maiores. Nesse nível pode ocorrer também o aumento de ingestão de bebidas alcoólicas
4ª Fase: Esta etapa é caracterizada pelo alcoolismo, drogas, ideias ou tentativas de suicídio. Podem surgir ainda doenças mais graves, como neoplasia (cancro), acidentes cardiovasculares, etc. Nesse momento ou até um pouco antes o ideal é se afastar do trabalho.
        Os profissionais que atuam na área de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policias e mulheres que enfrentam dupla jornada tem maiores riscos de desenvolver o transtorno.

            Fique atento se começar a desenvolver os sintomas abaixo:

L Esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais;
L Despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado.
L Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal estar geral.
L Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima.
L freqüente irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância a frustração, comportamentos paranóides e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e para com a própria família.
L Manifestações físicas: Como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em Transtornos Psicossomáticos. Estes, normalmente referem-se à fadiga crônica, freqüentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, etc.
L Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento constante, atitude cínica, falta de paciência e irritabilidade, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, freqüente conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família.
      Para o diagnóstico faz um levantamento da história de vida do paciente e seu envolvimento e realização pessoal no trabalho.  O tratamento inclui psicoterapia, incluindo exercícios respiratórios e de relaxamento, e em alguns casos terapia medicamentosa.

IMPORTANTE:

J  Não utilize a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser uma das melhores formas de prevenir ou tratar a síndrome de burnout;
J Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema;
J  Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental. Avalie também a possibilidade de propor nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais.

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