De acordo com um levantamento realizado em 2011 pelo Centro de Atendimento e Pesquisa de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, o número de crianças brasileiras que sofrem de ansiedade aumentou em 60% nos últimos dez anos. A ansiedade pode aparecer muito cedo, até mesmo nos primeiros meses de vida.
Ela pode se manifestar por meio de medos diversos, tais como medo do escuro, de fantasmas, de doenças, etc. E esse medo não desaparece mesmo que a criança veja que o perigo não existe. A ansiedade, portanto, é comum nas crianças, porém, quando atrapalha seu desenvolvimento normal ela é considerada patológica.
Pais, fiquem atentos! Os principais sintomas apresentados nas crianças com problemas emocionais, onde a ansiedade é comum vão desde problemas orgânicos, como: xixi na cama ( quando a criança já tinha deixado de fazer xixi na mesma), vômitos, falta de apetite, dores, problemas intestinais, perturbações durante o sono, até irritabilidade, inquietude, dificuldades alimentares, birras, insatisfação e dificuldades de atenção.
As crianças que desde os seus primeiros anos de vida não foi incentivada a seguir regras, a atender os limites do que pode ou não, a entender que nem todos os seus desejos podem ser satisfeitos, tendem a tornar-se crianças ansiosas. Os pais, desde cedo, devem ensinar aos seus filhos habilidades do dia a dia, como banhar-se, vestir-se, arrumar seu quarto, sua bolsa da escola, com isso adquirindo autonomia. Cabe ressaltar ainda, que expectativas excessivas dos pais com relação à produção escolar também fomentarão uma ansiedade maior, assim como outras atividades exageradas.
A mãe e o pai são figuras fundamentais para a criança, pois são eles que vão moldar o seu desenvolvimento. É importante que procurem se informar seja por meio de profissionais ou até mesmo através de leituras especializadas, de como se dá este desenvolvimento e que função, desempenham neste processo. A adequação das suas atitudes, o acolhimento das necessidades, a convivência com a insegurança e o prazer, o manejo com os desejos e a frustração, são situações com as quais estarão lidando diariamente e, com certeza, estarão oferecendo aos seus filhos a oportunidade deste aprendizado que, no futuro, lhes deixará em condições de conviver e lidar com as situações de maior complexidade.
Para a criança não desenvolver uma ansiedade além do normal, se faz necessário a participação tanto da mãe e do pai no processo de desenvolvimento da criança, a colocação de regras e limites, o acolhimento adequado para as ansiedades (medos, insegurança), uma boa tolerância à frustração, incentivar uma autonomia saudável, além de programas individualizados com cada filho, sem esquecer-se de inserir o pai nestas atividades.
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