Sabemos atualmente que o bebê antes do
nascimento é um ser dotado de sentimentos, lembranças e de consciência. Porém,
nem sempre foi assim. O psiquiatra Thomas Verny, começou a notar que em sessões
de regressão espontânea parecia que as pessoas voltavam ao momento do
nascimento e às vezes a época da vida intra-uterina, sem influência de fármacos
ou hipnose.
À medida que estes episódios de visões
retrospectivas foram se sucedendo, ao longo de 15 anos de observação, ele
começou a questionar a noção aceita nos meios acadêmicos e científicos, de que
os bebês não começam a recordar nada até os 2 anos de idade. Durante seis anos fez um amplo estudo de tudo
que já havia sido publicado cientificamente em todo mundo. Estudou embriologia,
a evolução do sistema nervoso e a capacidade auditiva do bebê antes de nascer. Reuniu estudos de adultos que reviviam traumas
pós e pré-natais especialmente experiências dolorosas que podiam relacionar com
coisas ocorridas no momento do parto e antes, no útero.
Dr. Thomar Verny, juntamente com
pesquisadores como Dominik Purpura, David ChamberLain, Stanistaw
Grof, e outros, descobriram que existe uma comunicação fisiológica, psicológica
e extra-sensorial entre mãe e feto. As
perturbações do bebê, são provocadas tanto pelas consequências psicológicas,
quanto pelas consequências físicas da ansiedade, estresse, depressão, aflição,
medo, etc.
Cumpre ressaltar que, o que traz uma repercussão profunda na criança não
são as preocupações menores da mãe, mas uma ansiedade crônica ou uma
ambivalência perturbadora dos pensamentos e dos sentimentos em relação a
maternidade. Como exemplo, um sentimento negativo, intenso e duradouro de
rejeição à criança.
O feto tem necessidades intelectuais e afetivas mais primitivas que as
nossas, mas que realmente existem, como as de querer se sentir amado e
desejado. Esse sentimento tem uma repercussão importante na segurança e autoconfiança.
Emoções positivas de alegria e espera, contribuem sobremaneira no
desenvolvimento afetivo da criança sadia.
Por fim, traumas em vida intra-uterina, dependendo das heranças que
aquele ser traz, podem gerar diferentes transtornos futuros como: insegurança,
dificuldade de relacionamento, transtornos depressivos, transtornos ansiosos
(na tentativa de satisfazer o outro para ser amado), personalidade dependente
etc. Até o próximo post!
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