quarta-feira, 17 de abril de 2013

Transtorno de Estresse Pós-Traumático



O Transtorno de Estresse pós-traumático (TEPT) é um distúrbio caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas físicos, psíquicos e emocionais, relacionados a um evento perturbador ou traumático onde o indivíduo possa ter sido vítima ou testemunha, que em geral, representam ameaça à sua vida ou a de terceiros.
Quando o indivíduo se recorda do fato, ele revive a experiência, como se estivesse acontecendo naquele momento e com a mesma sensação de sofrimento que o agente estressor provocou. Essa recordação é melhor definido como revivescência, por ser muito mais forte do que uma simples recordação.
Aproximadamente de 15% a 20% das pessoas que, de alguma forma, estiveram envolvidas em casos de violência urbana, assalto, seqüestro, acidentes, agressão física, terrorismo, tortura,  abuso sexual, guerras, catástrofes naturais e provocadas, desenvolvem o transtorno. No entanto, a maioria das pessoas só procura ajuda de um profissional em média dois anos depois das primeiras crises.
Os sintomas podem manifestar-se em qualquer idade e levar meses e até mesmo anos para aparecer.  O TEPT se diferencia dos demais transtornos de ansiedade e da maioria dos transtornos mentais por ser causado a partir de um fator externo.
Quando o evento estressor ocorre, é  necessário também que a pessoa tenha apresentado uma resposta marcante de medo, desesperança ou horror imediatamente após o evento traumático.
Depois isso o indivíduo deve passar a ter recordações vivas, intrusivas (involuntárias e abruptas) do evento, incluindo a recordação do que pensou, sentiu ou percebeu enquanto vivia o evento traumático. Ocorrem geralmente pesadelos baseados no tema, sentir como se o evento fosse acontecer de novo, chegando a comportar-se como se estivesse de fato vivendo de novo o evento traumático.
Nesses eventos é possível que o paciente tenha flashbacks ou alucinações com as imagens do evento traumático. As situações que lembram o evento causam intenso sofrimento e são evitadas. Ter de expor-se novamente ao local pode ser insuportável para o paciente. Por isso o paciente passa a evitar os assuntos que lembrem o evento, como também as conversas, pessoas, objetos e sensações, tudo que se relacione ao trauma. A recordação dos aspectos essenciais do trauma pode também ser apagada da memória.
Outra característica é  quando a  pessoa pode afasta-se do convívio social e outras atividades mesmo que não relacionadas ao evento. Pode passar a sentir-se diferente das outras pessoas.
Pode passar também a ter dificuldade de sentir determinadas emoções, como se houvesse um embotamento geral dos afetos. Pode passar a encarar as coisas com uma perspectiva de futuro mais restrita, passando a viver como se fosse morrer dentro de poucos anos, sem que exista nenhum motivo para isso. 
Outros sintomas podem ser também insônia, irritabilidade, dificuldade de concentração, respostas exageradas a estímulos normais ou banais.
É necessário que esses sintomas estejam presentes por no mínimo um mês para ser realizado o diagnóstico. Caso o tempo seja inferior a isso não significa que a pessoa não teve nada, só não se pode receber esse diagnóstico.
Certos sintomas não compõem o diagnóstico, mas podem ser encontrados nos paciente com estresse pós-traumático como dor de cabeça, problemas gastrintestinais, problemas imunológicos, tonteiras, dores no peito e desconfortos. 
                Para o tratamento por vezes é necessário o uso de terapia medicamentosa com ansiolíticos e acompanhamento psicoterapêutico. No trabalho com a psicoterapia transpessoal utiliza-se técnicas de relaxamento e pacificação interior,  trabalhos corporais, jornadas guiadas, etc. 

Importante:

* Atenção: o número de diagnósticos de transtorno do estresse pós-traumático tem aumentado nas últimas décadas. Procure assistência médica, se apresentar sintomas que possam ser atribuídos a esse distúrbio da ansiedade;
* Lembre-se de que a ocorrência de um agente estressor não significa que a pessoa vai desenvolver TEPT: algumas são mais vulneráveis e tem predisposição.
* Não subestime os sintomas do transtorno em crianças e idosos depois de terem vivenciado situações traumáticas. Eles são mais vulneráveis a influencia de fatores externos.



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