Fobia é o medo persistente e irracional de um determinado tipo de
objeto, animal, atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo.
Segundo o CID-10 nesse grupo de transtornos, a ansiedade é evocada apenas, ou
predominantemente, por certas situações ou objetos (externos ao indivíduo) bem
definidos. Como resultado, essas situações ou objetos são evitados ou
suportados com pavor.
A ansiedade fóbica é subjetiva, psicológica e apresenta comportamentos
indistinguíveis de outros tipos de ansiedade e pode variar em gravidade, desde
leve desconforto até terror. A ansiedade não é aliviada pelo reconhecimento de
que outras pessoas não consideram a situação em questão como perigosa ou
ameaçadora. A mera perspectiva de entrar na situação fóbica gera ansiedade
antecipatória.
É bom frisar que a ansiedade fóbica freqüentemente coexiste com a
depressão. A maioria dos transtornos fóbicos, excluindo as fobias sociais, são
mais comuns em mulheres do que em homens. Dentro dos transtornos fóbicos temos
a agorafobia, fobias sociais e as fobias específicas.
A agorafobia inclui medos de espaços abertos, aspectos relacionados tais
como a presença de multidões e a dificuldade de um escape fácil e imediato para
um local seguro. Como dito em post anterior este é o mais incapacitante dos
transtornos fóbicos e alguns pacientes tornam-se completamente confinados ao
lar. Cabe lembrar que alguns agorafóbicos experimentam pouca ansiedade porque
eles são consistentemente capazes de evitar situações fóbicas.
Já as Fobias Sociais freqüentemente iniciam na adolescência e estão
centradas no medo de expor-se a outras pessoas em grupos comparativamente
pequenos ( em oposição a multidões), levando a evitação de situações sociais. É
comum tanto em homens quanto mulheres. Podendo ser delimitadas (isto é,
restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se com o sexo oposto) ou
difusas, envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar.
Fobias sociais estão usualmente associadas à baixa auto-estima e ao medo
de críticas. Geralmente se apresentam como queixa de rubor, tremores das mãos,
náuseas ou urgência miccional e o indivíduo às vezes esta convencido de que uma
dessas manifestações secundárias de ansiedade é realmente o problema primário.
Por fim, fobias específicas, que são restritas a situações altamente
específicas tais como proximidades a determinados animais, altura, trovão,
escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos,
comer certos alimentos, dentistas, visão de sangue ou ferimentos e medo de
exposição a doenças específicas. Ainda que a situação desencadeante seja
delimitada, o contato com ela pode evocar pânico como na agorafobia ou nas
fobias sociais.
Fobias específicas usualmente surgem na infância ou
cedo na vida adulta e podem persistir por décadas se permanecerem sem
tratamento. A seriedade do prejuízo resultante depende de quão fácil
é para o paciente evitar a situação fóbica.
A maior parte das pessoas com fobias simples
raramente procuram resolução para esses medos - talvez por serem situações
incomodativas, mas, muito limitadas a determinados contextos que, regra geral,
conseguem ser evitados e, por isso, as pessoas optam por permanecer com
medo.
As fobias a procedimentos médicos e agulhas podem
atrasar diagnósticos e tratamentos médicos vitais para a saúde e sobrevivência.
Ou porque criam reações descontroladas que podem colocar o individuo em risco:
fugir correndo descontroladamente, sem mesmo ver para onde, perto de uma
estrada movimentada, por exemplo. Não hesite em pedir acompanhamento
psicoterapêutico, se for essa a sua situação.
As fobias são um dos temas de saúde mental mais frequentes, mas são os
mais rápidos e mais eficazmente resolvidos. A psicoterapia transpessoal
utiliza técnicas que incluem desde trabalhos corporais, de respiração à
regressão de memórias profundas ( "Deep Memory Process"), onde o
terapeuta procura intensificar os sintomas trazidos pelo cliente,
através de focalização da atenção com o auxilio de exercícios respiratórios
e/ou uma leve pressão no corpo, levando os conteúdos a emergirem para assim,
serem trabalhados. Essa técnica também é bastante utilizado com o Transtorno do
Pânico, proporcionando excelentes resultados e a respiração mostra-se uma
ferramenta útil e poderosa para a saúde, o bem-estar e tratamentos de
distúrbios psicossomáticos.
Independente da técnica utilizada pelo psicoterapeuta, procure um
profissional habilitado que tenha uma relação de cuidado para com o paciente,
pois saúde emocional também é qualidade de vida!
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