quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Transtornos Fóbico-Ansiosos: Você tem medo de quê?



Fobia é o medo persistente e irracional de um determinado tipo de objeto, animal, atividade ou situação que represente pouco ou nenhum perigo. Segundo o CID-10 nesse grupo de transtornos, a ansiedade é evocada apenas, ou predominantemente, por certas situações ou objetos (externos ao indivíduo) bem definidos. Como resultado, essas situações ou objetos são evitados ou suportados com pavor.
A ansiedade fóbica é subjetiva, psicológica e apresenta comportamentos indistinguíveis de outros tipos de ansiedade e pode variar em gravidade, desde leve desconforto até terror. A ansiedade não é aliviada pelo reconhecimento de que outras pessoas não consideram a situação em questão como perigosa ou ameaçadora. A mera perspectiva de entrar na situação fóbica gera ansiedade antecipatória.
É bom frisar que a ansiedade fóbica freqüentemente coexiste com a depressão. A maioria dos transtornos fóbicos, excluindo as fobias sociais, são mais comuns em mulheres do que em homens. Dentro dos transtornos fóbicos temos a agorafobia, fobias sociais e as fobias específicas.
A agorafobia inclui medos de espaços abertos, aspectos relacionados tais como a presença de multidões e a dificuldade de um escape fácil e imediato para um local seguro. Como dito em post anterior este é o mais incapacitante dos transtornos fóbicos e alguns pacientes tornam-se completamente confinados ao lar. Cabe lembrar que alguns agorafóbicos experimentam pouca ansiedade porque eles são consistentemente capazes de evitar situações fóbicas.
Já as Fobias Sociais freqüentemente iniciam na adolescência e estão centradas no medo de expor-se a outras pessoas em grupos comparativamente pequenos ( em oposição a multidões), levando a evitação de situações sociais.  É comum tanto em homens quanto mulheres. Podendo ser delimitadas (isto é, restritas a comer ou falar em público ou encontrar-se com o sexo oposto) ou difusas, envolvendo quase todas as situações sociais fora do círculo familiar.
Fobias sociais estão usualmente associadas à baixa auto-estima e ao medo de críticas. Geralmente se apresentam como queixa de rubor, tremores das mãos, náuseas ou urgência miccional e o indivíduo às vezes esta convencido de que uma dessas manifestações secundárias de ansiedade é realmente o problema primário.
Por fim, fobias específicas, que são restritas a situações altamente específicas tais como proximidades a determinados animais, altura, trovão, escuridão, voar, espaços fechados, urinar ou evacuar em banheiros públicos, comer certos alimentos, dentistas, visão de sangue ou ferimentos e medo de exposição a doenças específicas. Ainda que a situação desencadeante seja delimitada, o contato com ela pode evocar pânico como na agorafobia ou nas fobias sociais.
Fobias específicas usualmente surgem na infância ou cedo na vida adulta e podem persistir por décadas se permanecerem sem tratamento.  A seriedade do prejuízo resultante depende de quão fácil é para o paciente evitar a situação fóbica.
A maior parte das pessoas com fobias simples raramente procuram resolução para esses medos - talvez por serem situações incomodativas, mas, muito limitadas a determinados contextos que, regra geral, conseguem ser evitados e, por isso,  as pessoas optam por permanecer com medo. 
As fobias a procedimentos médicos e agulhas podem atrasar diagnósticos e tratamentos médicos vitais para a saúde e sobrevivência. Ou porque criam reações descontroladas que podem colocar o individuo em risco: fugir correndo descontroladamente, sem mesmo ver para onde, perto de uma estrada movimentada, por exemplo. Não hesite em pedir acompanhamento psicoterapêutico, se for essa a sua situação.
As fobias são um dos temas de saúde mental mais frequentes, mas são os mais rápidos e mais eficazmente  resolvidos. A psicoterapia transpessoal utiliza técnicas que incluem desde trabalhos corporais, de respiração à regressão de memórias profundas ( "Deep Memory Process"), onde o terapeuta  procura intensificar  os sintomas trazidos pelo cliente, através de focalização da atenção com o auxilio de exercícios respiratórios e/ou uma leve pressão no corpo, levando os conteúdos a emergirem para assim, serem trabalhados. Essa técnica também é bastante utilizado com o Transtorno do Pânico, proporcionando excelentes resultados e a respiração mostra-se uma ferramenta útil e poderosa para a saúde, o bem-estar e tratamentos de distúrbios psicossomáticos.
Independente da técnica utilizada pelo psicoterapeuta, procure um profissional habilitado que tenha uma relação de cuidado para com o paciente, pois saúde emocional também é qualidade de vida! 




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