Uma doença há muito tempo conhecida, além
de ser o transtorno psiquiátrico mais prevalente ao longo da vida (cerca de
27%). A idade de início pode variar desde a infância e adolescência até a idade adulta e velhice. Atualmente existem tratamentos eficazes para
esse transtorno de humor, por isso a necessidade conhecer seus principais
sinais e procurar ajuda, antes que a doença evoluía para um quadro mais grave.
O
indivíduo durante o transtorno, tem
dificuldades de planejar o futuro, que o parece sombrio e sem perspectivas. É
muito comum ocorrer uma piora nos sintomas pela manhã, como apatia, desânimo,
ansiedade, falta de energia até para as coisas mais simples, como as
necessidades básicas (alimentação, higiene pessoal, etc). A irritação é um
sintoma comum em depressões leves. Frequentemente, o paciente com depressão tem
ideias de morte e sensação de que a vida não vale a pena e, em casos mais
graves, também são comuns pensamentos e planos suicidas.
A depressão pode ser
subdividida de acordo com:
- Curso:
refere-se ao número de episódios, que pode ser um episódio único ou mais de um.
Neste último caso se chamaria transtorno depressivo recorrente.
De acordo com a intensidade dos
sintomas, pode-se classificar em leve, moderada e grave. Depressões leves com
durações longas de episódios são chamadas distimia, enquanto que depressões com
qualquer intensidade por tempo mais curto são chamadas apenas transtorno
depressivo. Sintomas moderados e graves caracterizam a chamada depressão Maior.
- Predomínio de
sintomas: subtipos de depressão são
nomeados de acordo com o conjunto predominante de sintomas. Por ex.: a) Depressão melancólica com predomínio de
sintomas vegetativos (insônia e inapetência) e características circadianas (pior
pela manhã); b) Depressão atípica (sonolência excessiva e aumento do apetite); c) Pseudo demência (sintomas de
prejuízo cognitivo, ou seja, do entendimento);d) Depressão psicótica (presença
de delírios e/ou alucinações).
Alguns episódios
aparecem em épocas determinadas, como a depressão sazonal e a depressão
pós-parto.
O diagnóstico da depressão é clínico, baseado na história
e nos sintomas. Os pacientes relatam redução das atividades, perda de
iniciativa, tristeza, alterações do sono e apetite, alterações sexuais (perda da
libido principalmente), falta de prazer, além de poderem apresentar alterações
de atenção e concentração. Outro ponto a destacar é que o humor pode estar
deprimido ou irritado, o pensamento pode estar lentificado, com conteúdos de
menos valia, de culpa e de suicídio.
Nos casos mais graves percebe-se que indivíduo perde toda
a vontade de viver, e quando não chega a cometer suicídio, deixa de lado à
higiene corporal, simplesmente para de se alimentar, chegando a ser internado
para receber nutrientes por meio de sonda ou intravenosa.
O Tratamento dos transtornos depressivos inclui na
maioria das vezes o uso de psicoterapia, farmacoterapia e dos chamados
tratamentos não medicamentosos.
Várias
abordagens psicoterápicas podem ser utilizadas de acordo com a gravidade do
quadro e suas características e da presença de fatores estressantes.
IMPORTANTE:
8 A depressão
é uma doença como qualquer outra. Não é um sinal de preguiça, nem de
irresponsabilidade, nem de loucura. Se de repente começar a se sentir
desanimado, entristecido, perdendo a vontade de fazer coisas que antes eram
prazerosas, ou sentindo que a vida perdeu a graça, procure um profissional, o
diagnóstico precoce é a melhor forma de um tratamento rápido e eficaz.
8 Não esqueça que a depressão pode ocorrer em
qualquer fase da vida, seja em uma criança, adolescente, em adultos e idosos.
8 A família que tem um ente querido com depressão
precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e
riscos. É importante está ao lado do paciente, ser um ponto de referência, para
certos padrões, como alimentação, higiene pessoal e estimular a convivência com
outras pessoas.
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