quinta-feira, 18 de julho de 2013

Conhecendo a depressão

Uma doença há muito tempo conhecida, além de ser o transtorno psiquiátrico mais prevalente ao longo da vida (cerca de 27%). A idade de início pode variar desde a infância e adolescência  até a idade adulta e velhice.   Atualmente existem tratamentos eficazes para esse transtorno de humor, por isso a necessidade conhecer seus principais sinais e procurar ajuda, antes que a doença evoluía para um quadro mais grave.
 O indivíduo  durante o transtorno, tem dificuldades de planejar o futuro, que o parece sombrio e sem perspectivas. É muito comum ocorrer uma piora nos sintomas pela manhã, como apatia, desânimo, ansiedade, falta de energia até para as coisas mais simples, como as necessidades básicas (alimentação, higiene pessoal, etc). A irritação é um sintoma comum em depressões leves. Frequentemente, o paciente com depressão tem ideias de morte e sensação de que a vida não vale a pena e, em casos mais graves, também são comuns pensamentos e planos suicidas.

A depressão pode ser subdividida de acordo com:
- Curso: refere-se ao número de episódios, que pode ser um episódio único ou mais de um. Neste último caso se chamaria transtorno depressivo recorrente.
De acordo com a intensidade dos sintomas, pode-se classificar em leve, moderada e grave. Depressões leves com durações longas de episódios são chamadas distimia, enquanto que depressões com qualquer intensidade por tempo mais curto são chamadas apenas transtorno depressivo. Sintomas moderados e graves caracterizam a chamada depressão Maior.

- Predomínio de sintomas: subtipos de depressão são nomeados de acordo com o conjunto predominante de sintomas. Por ex.:  a) Depressão melancólica com predomínio de sintomas vegetativos (insônia e inapetência) e características circadianas (pior pela manhã); b) Depressão atípica (sonolência excessiva e aumento do apetite); c) Pseudo demência (sintomas de prejuízo cognitivo, ou seja, do entendimento);d) Depressão psicótica (presença de delírios e/ou alucinações).

  Alguns episódios aparecem em épocas determinadas, como a depressão sazonal e a depressão pós-parto.
            O diagnóstico da depressão é clínico, baseado na história e nos sintomas. Os pacientes relatam redução das atividades, perda de iniciativa, tristeza, alterações do sono e apetite, alterações sexuais (perda da libido principalmente), falta de prazer, além de poderem apresentar alterações de atenção e concentração. Outro ponto a destacar é que o humor pode estar deprimido ou irritado, o pensamento pode estar lentificado, com conteúdos de menos valia, de culpa e de suicídio.
            Nos casos mais graves percebe-se que indivíduo perde toda a vontade de viver, e quando não chega a cometer suicídio, deixa de lado à higiene corporal, simplesmente para de se alimentar, chegando a ser internado para receber nutrientes por meio de sonda ou intravenosa.
O Tratamento dos transtornos depressivos inclui na maioria das vezes o uso de psicoterapia, farmacoterapia e dos chamados tratamentos não medicamentosos. Várias abordagens psicoterápicas podem ser utilizadas de acordo com a gravidade do quadro e suas características e da presença de fatores estressantes.

 IMPORTANTE:

8  A depressão é uma doença como qualquer outra. Não é um sinal de preguiça, nem de irresponsabilidade, nem de loucura. Se de repente começar a se sentir desanimado, entristecido, perdendo a vontade de fazer coisas que antes eram prazerosas, ou sentindo que a vida perdeu a graça, procure um profissional, o diagnóstico precoce é a melhor forma de um tratamento rápido e eficaz. 
8 Não esqueça que a depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida, seja em uma criança, adolescente, em adultos e idosos.

8 A família que tem um ente querido com depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos. É importante está ao lado do paciente, ser um ponto de referência, para certos padrões, como alimentação, higiene pessoal e estimular a convivência com outras pessoas. 

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