quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Comportamentos Compulsivos: Obsessão que tem cura


No final de semana assisti ao filme de Pernas pro Ar 2 e dele veio a ideia do post de hoje. No filme foi mostrado um SPA onde se hospedaram várias pessoas com os mais diversos tipos de comportamento compulsivo. Muita gente ainda imagina que comportamentos compulsivos ou aditivos, seriam aqueles relacionados a álcool, fumo e outras drogas.
Mas quem não conhece pessoas que compram compulsivamente, chegando a estourar limites de cartão, cheque especial, etc.?  Até mesmo aquelas que passam horas em frente ao computador esquecendo-se da própria vida?  E pessoas que comem compulsivamente até o ponto de colocar tudo para fora? E os compulsivos sexuais que arriscam relacionamentos e a própria saúde? Os compulsivos por jogos, por atividades físicas... Enfim, existem muitos tipos de compulsão. Esses comportamentos, tanto quanto os relacionados ao álcool e outras drogas, interferem com o mecanismo do prazer, chegando a adquirir características patológicas que na maioria das vezes se tornam incontroláveis.
O comportamento compulsivo vai se caracterizar por uma pressão interna que, em determinadas situações, faz com que a pessoa se sinta tomada por um desejo forte de realizar uma ação que gera prazer, principalmente nos estágios iniciais, mas depois provoca sentimento de culpa e mal-estar.
Esses comportamentos podem ser compreendidos como atitudes (mal-adaptativas) de enfrentamento da ansiedade, angústia, estresse e até mesmo um vazio existencial, trazendo conseqüências físicas, emocionais e sociais graves.
Outro ponto importante é que pessoas que apresentam comportamentos compulsivos tem uma probabilidade maior de desenvolver transtornos ansiosos e depressão, quando comparados a pessoas emocionalmente estáveis (o que chamamos de comorbidade).
Não existe uma causa bem estabelecida para ocorrências desses comportamentos. Fala-se em vulnerabilidades e predisposições, seja de elementos familiares, como hábitos consequentes à insegurança extrema e aprendidos no seio familiar, seja por razões individuais e relacionadas à vivências do passado e dinamismo psicológico pessoal, seja  por razões biológicas, de acordo com o funcionamento orgânico e mental.
Normalmente os comportamentos compulsivos precisam de tratamento quando começam a apresentar prejuízos significativos à vida da pessoa ou ao seu entorno sócio-familiar. Dependendo de cada caso o ideal é associar medicamentos à psicoterapia.
Por fim, não existem compulsões mais fáceis ou difíceis de tratamento, mas pessoas com maior ou menor disposição para se tratar. Não há como um tratamento funcionar quando não se tem um interesse do paciente em realizá-lo, então o primeiro passo é aceitar que possui um problema, especialmente nas compulsões de atos socialmente aceitos ou até mesmo estimuladas pessoa sociedade.

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